Não se pode dizer que seja uma etapa tipicamente para sprinters, mas em Portugal estes ciclistas sabem que têm de aproveitar os dias em que há, pelo menos, uma montanha mais “simpática”. Com uma terceira categoria em Lamego e logo de seguida a segunda em Bigorne, os homens rápidos e as suas equipas vão ter de trabalhar para se manter na frente do pelotão.
Os 171,9 quilómetros entre Felgueiras e Viseu “só” têm estas duas dificuldades, num dia em que os candidatos à geral vão tentar recuperar do esforço da Senhora da Graça, pois esta quinta-feira terão de subir à Serra da Estrela. Por isso, a terceira etapa poderá ser um bom dia para sprinters, ou para uma fuga triunfar.
As ProTeam trouxeram ciclistas que poderão tentar aproveitar vencer uma etapa. É o caso de Riccardo Minali, da Nippo Delko One Provence – equipa francesa orientada pelo português José Azevedo -, e de Daniel McClay. O britânico da Arkéa Samsic já esteve por duas ocasiões no Tour e no palmarés conta com vitórias no Tour de l’Eurométropole e Trofeo Palma, assim como uma etapa Tropicale Amissa Bongo e Herald Sun Tour.
Mas entre as equipas portuguesas a ambição vai ser grande. César Martingil (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) já rondou uma vitória na Volta no passado e irá certamente tentar de novo em Viseu, tal como Rafael Silva (Efapel) e Samuel Caldeira (W52-FC Porto), sem esquecer João Matias (Aviludo-Louletano).
Viseu é uma cidade que não tem sido amiga para os portugueses em tempos recentes, nas etapas em linha. Em 2018, o italiano Riccardo Stacchiotti (MSTina-Focus) foi o vencedor num sprint que contou com João Matias e Luís Mendonça. Em 2016, o alemão Phil Bauhaus (Team Stölting) ganhou também ao sprint. É um ciclista que hoje está no World Tour, na Bahrain-McLaren.
Vicente García de Mateos foi terceiro nesse ano, vencendo depois em 2016, numa altura em que o espanhol era mais dedicado às chegadas deste género e, neste caso, a vitória ficou em Portugal em termos de equipa, pois De Mateos já representava a agora Aviludo-Louletano.
Viseu também sido palco de prólogos, ou contrarrelógio final. No ano passado ganhou um português, Samuel Caldeira, da W52-FC Porto.